Todo final de ano na queima de fogos, todo mundo corria para a praia do centro, ver a grande queima de fogos como era tradição lá em Santos, e Clara via naquela noite que sua oportunidade de aproximar-se de Pablo. Era no auge dos seus 13 anos que planejava abraçar os amigos e esbarrar em Pablo e quem sabe faturar o seu primeiro beijo com o seu primeiro amor!
Quando deu meia noite Clara botou o plano em ação, abraçou as amigas da escola trilhando um caminho entre elas até o seu príncipe alado das areias. Quando chegou perto deparou-se com ele de braços armados para lhe dar um abraço e ela por sua vez não perdeu tempo, deu-lhe o abraço mais apertado de toda a vida e por um segundo quando viu que ia ganhar um beijo no rosto virou o rosto.
Sentia-se como mergulha-se em uma piscina de chocolate, e mesmo que tivesse roubado, o seu primeiro beijo não poderia ser melhor, Pablo por sua vez meio encabulado, só pode corresponder a tal ato. O mais embaraçoso foi depois que acabou aquele beijo, ambos não sabiam o que falar, e por um reflexo saiu um:
- Foi bom! Disse o Pablo.
- É...é... eu também... também achei. Disse Clara já com o rosto vermelho.
Clara ainda não acreditava no que acabara de fazer, mas tinha adorado. Porém enquanto flutuava e olhava para o seu amado ouvia lá no fundo uma voz que gritava:
- Clara, Clara, Clara venha aqui agora!
Era seu pai e quando deu conta caiu com os pés no chão e foi de encontro ao pai preocupada pensando que este tinha visto tudo e que estaria encrencada pelo resto do ano que acabou de começar.
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